quarta-feira, 12 de outubro de 2011

O Dom Supremo - Parte IV

Faz pouco tempo, estive no coração da África, perto dos Grandes
Lagos. Ali, entrei em contato com homens e mulheres que lembravam-se com carinho do único homem  branco que conheceram. David Livingstone.  E,  ao  seguir  os  passos  dele  pelo Continente Negro,  o rosto  das pessoas se iluminava quando me contavam sobre um doutor que por ali havia passado três anos antes. Eles não podiam compreender o que Livingstone dizia. Mas sentiam o  Amor que estava presente em seu
coração.Carreguem este mesmo Amor com vocês, e o trabalho de suas vidas estará plenamente justificado.

Vocês não podem possuir nada mais eloqüente que isto, quando forem falar de Deus e do mundo espiritual. De nada adianta seguir adiante levando relatos de milagres, testemunhos de Fé, belas orações. Se vocês tiverem tudo isto, e esqueceram o Amor, para nada servirá tanto esforço. Porque vocês podem conseguir tudo. Podem estar prontos para qualquer sacrifício. Mas se entregarem seus corpos para serem queimados, e não tiverem Amor, isto não significará nada para vocês nem para a causa de Deus.  

Depois de comparar o amor com tudo  o que já vimos, Paulo  -  em três versos pequenos  -  faz uma surpreendente análise do que é este Dom Supremo. Ele nos diz que o Amor é uma coisa composta de muitas outras. Como  a  luz.  Aprendemos  na  escola  que,  se  pegarmos  um  prisma  e fizermos com que um raio de sol o atravesse, este raio se  divide  em  sete cores.

As cores do arco-íris. 
Paulo, então, pega o Amor e faz com que atravesse o prisma de sua sensibilidade, dividindo-o nos seus elementos. Paulo nos mostra o Arco-íris do Amor, como o prisma atravessado por um raio nos mostra o Arco-íris da Luz.    
E quais são estes elementos? São  virtudes das quais ouvimos falar todos os dias, virtudes que podemos  praticar em qualquer momento de nossas vidas. São estas pequenas coisas, estas virtudes simples, que compõem o Dom Supremo.

O Amor é composto de nove ingredientes:
Paciência: “O Amor é paciente”,
Bondade: “é benigno”,
Generosidade: “o amor não arde em ciúmes”,
Humildade: “não se ufana nem se ensoberbece”,
Delicadeza: “O amor não se conduz inconvenientemente”,
Entrega: “não procura seus interesses”,
Tolerância: “não se exaspera”,
Inocência: “não se ressente do mal”,
Sinceridade:  “não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade.”
Paciência. Bondade. Generosidade. Humildade. Delicadeza.
Entrega. Tolerância. Inocência. Sinceridade.
Estas coisas compõem o bem supremo, estão na alma do homem que quer estar presente no mundo e próximo a Deus.
 
Todos estes dons estão relacionados com a gente, com a nossa vida diária, com o hoje e  com o amanhã, com a Eternidade.
Nós sempre escutamos falar muito do Amor a Deus.
Mas Cristo nos fala do Amor ao homem.
Nós buscamos a paz nos Céus.
Cristo busca a paz na Terra.
A Busca do Sr Humano para responder sua principal pergunta  -  “a que devo dedicar minha existência?”  -  não é uma coisa estranha ou imposta. Ela está presente em todas as civilizações, mesmo que estas não se
comuniquem. Porque nasceu junto com o homem, e reflete o sopro do Espírito Eterno neste mundo.
O Dom Supremo também reflete este sopro. Não é apenas um Dom em si, mas a soma de várias atitudes e palavras de nosso dia-a-dia.
     
O Amor é Paciência.
Este é o comportamento normal do Amor, esperar com calma, sem pressa, sabendo que em determinado momento ele poderá se manifestar. Está pronto para fazer seu trabalho na hora certa, mas aguarda com
calma e mansidão.
O Amor é paciente, Agüenta tudo. Acredita em tudo. Tudo espera.
Porque o Amor é capaz de entender.
 
Bondade. Amor ativo.
Já repararam que Cristo utilizou grande parte do seu tempo no mundo sendo bom para os outros, deixando os outros contentes?
Utilizou grande parte do pouco tempo que tinha na Terra para fazer feliz seus contemporâneos?  
Procure olhar este ângulo, e notará que, embora Cristo tivesse muito o que fazer, não esqueceu de ser carinhoso para com o próximo.
Existe apenas uma coisa mais importante que a felicidade: é a santidade. Isto não está ao nosso  alcance. Mas está ao nosso alcance fazer os outros felizes. Deus colocou isto em nossas mãos, e não nos custa
quase nada.
Se olharmos com cuidado, verificaremos que não nos custa absolutamente nada. Mesmo assim, por que relutamos em alegrar nosso próximo? A felicidade não é um bem que se multiplica em cativeiro, nem é nada que diminui quando se dá. Ao contrário, somente semeando felicidade é que conseguimos aumentar nossa cota.
 “A coisa mais importante que  podemos fazer por um pai”, disse alguém certa vez,, “é ser amável com seus filhos.” Como o mundo precisa disto!
E como é fácil ser amável. O efeito é imediato e seu autor é lembrado para sempre.    
E como a recompensa é abundante  -  pois não existe dívida mais honrada que a dívida do Amor. O Amor nunca falha. O Amor é a verdadeira energia da vida. Como diz Browning: pois a Vida, com todos os seus momentos de alegria e tristeza e esperança, e medo, é apenas a chance para aprender o Amor como o Amor pode ser, como foi, e como é.

Onde existe Amor, existe o ser humano, e existe Deus.
Aquele que se alegra no Amor, se alegra com o ser humano, e se alegra em Deus. Deus é Amor. Portanto:  AME! Sem distinção, sem hora marcada, sem adiamentos, sem medo de sofrer: AME!

Derrame generosamente seu amor sobre os pobres, o que é fácil; e sobre os ricos, que desconfiam de todos, e não conseguem enxergar o Amor de que tanto necessitam; e sobre seus semelhantes  -  o que é muito difícil. É com nossos semelhantes que somos mais egoístas. Muitas vezes  tentamos agradar, mas o que precisamos fazer é dar alegria. Dê alegria. Jamais perca uma  oportunidade de dar alegria ao próximo, porque você será o primeiro e se beneficiar disto  -  mesmo que ninguém saiba o que você está fazendo. O mundo à sua volta ficará mais contente, e as coisas serão muito mais fáceis para você.

Eu estou neste mundo, vivendo o presente. Qualquer coisa boa que eu possa fazer, ou qualquer alegria  que puder dar aos outros, por favor, digam-me. Não me deixem adiar ou esquecer, pois jamais tornarei a viver
este momento novamente.
   

terça-feira, 27 de setembro de 2011

O Dom Supremo - Parte III

Continuando...
"Peguemos um mandamento qualquer: “Amar a Deus sobre todas as coisas.” Eis o Amor. 
“Não tomar seu santo nome em vão.” 
Ousaríamos falar superficialmente de alguém que amamos?      
“Guardar domingos e festas.” 
Não ficamos muitas vezes ansiosos, esperando o dia e encontrar quem amamos para nos dedicarmos ao Amor? Então, se amamos Deus, o mesmo há de acontecer. O Amor exige que obedeçamos todas as leis de Deus. 


Quando um homem ama, é desnecessário exigir que honre seu pai e sua mãe, ou que não mate.  Para o homem que quer bem a seu próximo é uma ofensa exigir que não roube  -  como poderia roubar quem ama? E seria supérfluo pedir que não levante falso testemunho  -  pois jamais faria isto, como seria incapaz de desejar a pessoa que o outro ama. 
Portanto, “o amor é o cumprimento da Lei”. 
O Amor é a regra que resume todas as outras regras. 
O Amor é o mandamento que justifica todos os outros mandamentos. 
O Amor é o segredo da vida. 


Paulo terminou aprendendo isto, e nos deu, na carta que lemos agora, a melhor e mais importante descrição do summum bonum, o Dom Supremo.     
Paulo começa a comparar o Amor com outras coisas que, em seu tempo, tinham muito valor para os homens. 


Ele compara com a eloqüência; um dom nobre, capaz de tocar os corações e mentes dos seres humanos, e estimulá-los a realizar importantes tarefas sagradas, ou aventuras que vão além dos limites. Paulo se refere aos grandes pregadores e diz: “Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine.” E todos nós sabemos por quê. Muitas vezes escutamos o que pareciam ser grandes idéias de  transformação do mundo. Mas são palavras ditas sem emoção, vazias de Amor, elas não nos tocam, por mais lógicas e inteligentes que pareçam ser. 


Paulo compara o Amor com a Profecia. Compara com os Mistérios. Compara com a Fé. Compara com a Caridade. 
Por que o Amor é mais importante que a Fé? Porque a Fé é apenas uma estrada que nos conduz até o Amor Maior. 
Por que o Amor é mais importante que a Caridade? Porque a Caridade é apenas uma das manifestações do Amor. E o todo é sempre mais importante que a parte. Além disso, a Caridade é também  apenas uma estrada, uma das muitas estradas que o Amor utiliza 
para fazer com que um homem se uma a seu próximo.     


E existe, todos nós sabemos disto, um bocado de caridade sem Amor. É muito fácil jogar uma moeda para um pobre na rua. Geralmente é mais fácil fazer isto que deixar de fazê-lo. Deixamos de nos sentir culpados pelo cruel espetáculo da miséria. Que grande alívio, por apenas uma moeda! É barato para nós, e resolve o problema do mendigo. Entretanto, se realmente amássemos aquele pobre, nós faríamos muito mais por ele. Ou não faríamos nada. Não daríamos a moeda e  -  quem sabe  - a nossa culpa por aquela miséria poderia despertar o verdadeiro Amor.


Paulo então compara o Amor com o sacrifício e o martírio. E eu suplico àqueles que desejam, algum dia, trabalhar para o bem da Humanidade: jamais, esqueçam que, mesmo que  seus corpos sejam queimados em nome de Deus, se não tiverem Amor, não adianta nada. Nada! 
Vocês não podem dar nada mais importante  do que reflexo do Amor em suas vidas. Isto é a verdadeira linguagem universal, que nos permite falar chinês, ou os dialetos da Índia. Se algum dia  vocês forem a estes lugares, a eloqüência silenciosa do Amor fará com que sejam entendidos por todos. A mensagem de Fé de um homem está na maneira como vive sua vida, e não nas palavras que ele diz."


Boa semana!

terça-feira, 13 de setembro de 2011

O Dom supremo - Parte II

Continando o post anterior...
"Todos nós, em algum momento, já fizemos a mesma pergunta que todas as gerações fizeram:

Qual é a coisa mais importante da nossa existência?
Queremos empregar nossos dias da melhor maneira, pois ninguém mais pode viver pela gente. Então, precisamos saber: para onde devemos dirigir nossos esforços, qual o supremo objetivo a ser alcançado?
Estamos acostumados a escutar que  o tesouro mais importante do mundo espiritual é a Fé. Nesta simples palavra se apóiam muitos séculos de religião.
Consideramos a Fé a coisa mais importante do mundo? Pois bem, estamos completamente errados.
Se em algum momento acreditamos nisto, podemos deixar de acreditar.
No  capítulo  que  acabei  de  ler,  fomos  conduzidos  aos  primeiros tempos do Cristianismo. E, como vimos, “permanecem a Fé, a Esperança e o Amor, estes três. Porém, o mais importante é o Amor”.
Não se trata de uma opinião superficial de Paulo, autor daquelas linhas. Afinal de contas, ele estava  falando de Fé um momento antes. Ele dizia:
    “Ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver Amor, nada serei.”
Paulo não fugiu do assunto; pelo contrário, comparou a Fé com o Amor. E concluiu:
  “(...) o maior destes é o Amor.”
Deve ter sido muito difícil para Paulo dizer isto, Um homem costuma recomendar aos outros aquilo que, nele, é o ponto forte.
O Amor não era o ponto forte de Paulo. Um estudante com senso de observação irá notar que, à medida que envelhecia, o apóstolo tornavase mais tolerante, mais terno. Mas a mão que escreveu “porém, o maior
destes é o Amor”, esteve muitas vezes manchada de sangue na juventude.
Além disso, esta carta aos coríntios não é o único documento a mostrar o Amor como o summum bonum, o Dom Supremo. Todas as obrasprimas do Cristianismo concordam a este respeito.    

Pedro diz: “acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os outros, porque o amor cobre multidão de pecados”. E João vai mais longe: “Deus é Amor”.
Podemos ler, também, em outro texto de Paulo: “o cumprimento da Lei é o Amor”.

Por que Paulo disse isto? Nessa época, os homens procuravam chegar até o Paraíso cumprindo os Dez Mandamentos – e as centenas de outros dez mandamentos que eles haviam fabricado tendo como base as
Tábuas da Lei. Cumprir a lei era tudo. Era mais importante, inclusive, que viver.
Então Cristo disse: eu vou mostrar a vocês uma maneira mais simples de chegar ao Pai. Se vocês prenderem isto, podem fazer centenas de outras coisas sem medo de ofender a Deus. Amor. Se vocês amarem, estão cumprindo a lei, mesmo que não tenham consciência disto.
Podemos verificar por nós mesmos que este conselho funciona."

Emocionante, não é mesmo?
Aguardem, pois muito mais está por vir...

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

O dom supremo - Parte I

Olá pessoal, tudo bem?


Após longa ausência retorno iniciando uma série de postagens do texto cujo autor é Henry Drummond. O texto foi traduzido e adaptado livremente do sermão “The Greatest Thing in the World” por Paulo Coelho.


Esses escritos mexeram tanto comigo, com a minha alma e espírito, que decidi compartilhar aqui com vocês. Vamos para a primeira parte!


" No final do século passado, numa tarde fria de primavera, um grupo de homens e mulheres se reuniu para escutar o mais famoso pregador daquela época.  Eram pessoas vindas de diversos lugares da Inglaterra, ansiosas para ouvir o que o homem tinha a dizer.
Mas o pregador, depois de oito meses percorrendo diversos países do mundo num cansativo  trabalho de evangelização, sentia-se vazio. Olhou a pequena platéia, ensaiou algumas frases, e terminou por desistir.  O Espírito de Deus não o havia
tocado naquela tarde.


Triste, sem saber o que fazer, virou-se para um jovem missionário
que estava entre os presentes. O rapaz havia regressado da
África há pouco tempo, e talvez tivesse alguma coisa
interessante para dizer.


Pediu, então, que o rapaz o substituísse.
As pessoas reunidas naquele jardim em Kent ficaram um pouco desapontadas. 
Ninguém sabia quem era o jovem missionário. Na verdade, ele nem era um missionário; havia recusado sua ordenação como ministro, porque  não estava seguro de que aquela fosse sua verdadeira vocação.
Procurando uma razão para viver, procurando a si mesmo, o rapaz havia passado dois anos no interior da África  - entusiasmado com o exemplo de pessoas que iam atrás de um ideal.


 As pessoas no jardim em Kent não gostaram da troca.
Tinham vindo por causa de um pregador experiente, sábio,
famoso. E agora eram obrigadas a ouvir uma pessoa que  -
assim como elas  - ainda lutava para encontrar a si mesma. 



Mas Henry Drummond  -  este era o nome do rapaz  -  havia 
aprendido algo. 
Henry pediu emprestada uma Bíblia de um dos presentes e leu 
um trecho da carta que Paulo escreveu aos  
coríntios:      
“Ainda que eu fale as línguas dos homens  
      e dos anjos, se não tiver amor,  
serei como o bronze que soa, ou como 
      o címbalo que retine.
Ainda que eu tenha o dom de profetizar 
       e conheça todos os mistérios e toda a ciência;  
  ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto  
      de transportar montanhas, 
  se não tive amor, nada serei. 
E ainda que eu distribua todos os 
      meus bens entre os pobres 
            e ainda que entregue meu próprio 
                 corpo para ser queimado,  
                    se não tiver amor, 
nada disso me aproveitará. 
O amor é paciente, é benigno, 
  o amor não arde em ciúmes, 
           não se ufana, não se ensoberbece, 
          não se conduz inconvenientemente, 
            não procura seus interesses, 
                   não se exaspera, 
            não se ressente do mal; 
          não se alegra com a injustiça, 
          mas regozija-se com a verdade.  
     Tudo sobre, tudo crê, tudo espera, 
                  tudo suporta. 
  O amor jamais acaba.  
                 Mas, havendo profecias, desaparecerão;  
                          havendo línguas, cessarão; 
                          havendo ciência, passará.  
                    Porque em parte conhecemos, 
                         e em parte profetizamos.       
              Quando, porém, vier o que é perfeito, 
            o que então é em parte será aniquilado. 
Quando eu era menino, falava como um  
   menino, sentia como um menino.  
    Quando cheguei a ser homem,  
  desisti das coisas próprias de menino. 
 Porque agora vemos como em espelho, 
           obscuramente, e então veremos face a face;  
               agora conheço em parte, e então 
                conhecerei como sou conhecido. 
    Agora, pois, permanecem a Fé,  
       a Esperança, e o Amor.  
                 Estes três.  
  Porém, o maior deles é o Amor.”     

Todos escutaram em silêncio respeitoso.  
Mas estavam decepcionados.  
A maior parte já conhecia o trecho,  
e já havia meditado longamente sobre ele. 
O rapaz podia ter escolhido algo mais original, mais palpitante. 


Quando acabou de ler, Henry fechou a Bíblia, olhou para o céu,  e começou a falar: "


Até o próximo post, meus queridos amigos!


quarta-feira, 9 de março de 2011

Não saiba a tua mão esquerda o que faz a direita

 Fonte da foto aqui

1. Tende cuidado em não praticar as boas obras diante dos homens, para serem vistas, pois, do contrário, não recebereis recompensa de vosso Pai que está nos céus. -Assim, quando derdes esmola, não trombeteeis, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem louvados pelos homens. Digo-vos, em verdade, que eles já receberam sua recompensa. - Quando derdes esmola, não saiba a vossa mão esquerda o que faz a vossa mão direita; - a fim de que a esmola fique em segredo, e vosso Pai, que vê o que se passa em segredo, vos recompensará. - (S. MATEUS, cap. VI, vv. 1 a 4.)


2. Tendo Jesus descido do monte, grande multidão o seguiu. - Ao mesmo tempo, um leproso veio ao seu encontro e o adorou, dizendo: Senhor, se quiseres, poderás curar-me. - Jesus, estendendo a mão, o tocou e disse: Quero-o, fica curado; no mesmo instante desapareceu a lepra. - Disse-lhe então Jesus: abstém-te de falar disto a quem quer que seja; mas, vai mostrar-te aos sacerdotes e oferece o dom prescrito por Moisés, a fim de que lhes sirva de prova. (S. MATEUS, cap. VIII, vv. 1 a 4.)

Olá pessoal.

Espero que todos tenham retornado do carnaval sãos e salvos, tanto fisica como espiritualmente. Hoje gostaria de deixar essa mensagem que a muito me tocou e me acompanha, mas que nesse momento da minha vida ganhou novo significado.

Meu marido e eu temos auxiliado em alguns projetos e a algumas pessoas. Como tenho o hábito de escrever no meu blog, acabei por divulgar algumas dessas iniciativas em um deles e até mesmo entre amigos, na expectativa de angariar novos colaboradores. Fui bem recebida por vários, mas outros preferiram julgar sem ao menos conhecer, alegando que tais iniciativas eram usadas para publicidade no blog. Ora, meu blog Noiva BH tem um número razoável de leitores, entretanto nada que pudesse justificar tão maldoso comentário. Confesso que essas palavras maliciosas tiraram meu sossego por alguns momentos.

Entretanto, após conversar e refletir com meu marido, cheguei a conclusão que não devemos nada a ninguém, principalmente a pessoas fazem questão de deturpar toda e qualquer ação benéfica ao outro. Deus sabe de todas as coisas e Ele sabe das reais intenções guardadas em nosso coração. Isso me deixa segura continuar sim a ajudar quem precisa e a divulgar ações que necessitem de voluntários, dando oportunidade a todos para ajudar a quem precisa.

Ajudar sem esperar nada em troca é o que diz tal parábola, entretanto isso não impede de divulgar tais atos quando o real própósito é oferecer a todos a oportunidade de ser útil a quem precisa.

Fiquem com Deus!

Rose

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Para pensar...

Para pensar...

O dia mais belo? Hoje

A coisa mais fácil? Equivocar-se

O obstáculo maior? O medo

O erro maior? Abandonar-se

A raiz de todos os males? O egoísmo

A distração mais bela? O trabalho

A pior derrota? O desalento

Os melhores professores? As crianças

A primeira necessidade? Comunicar-se

O que mais faz feliz? Ser útil aos outros

O mistério maior? A morte

A coisa mais perigosa? A mentira

O sentimento pior? O rancor

O presente mais belo? O perdão

O mais imprescindível? O lar

A estrada mais rápida? O caminho correto

A sensação mais grata? A paz interior

O resguardo mais eficaz? O sorriso

O melhor remédio? O otimismo

A maior satisfação? O dever cumprido

A força mais potente do mundo? A fé

As pessoas mais necessárias? Os pais

A coisa mais bela de todas? O amor

 
Pensamentos atribuidos a Madre Teresa de Calcutá.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Visita ao Lar Dona Paula 22/01/2011

Fotos dessa postagem: Jivago Sales


Quando fiz estágio no Lar Dona Paula, no segundo semestre de 2008, sabia que aquele lugar jamais sairia das minhas recordações. O primeiro contato foi difícil e muito sofrido.

Sofrimento e dor já não eram novidades para mim, afinal eu estava no sétimo período da faculdade de enfermagem. O soco no estômago já havia sido dado na primeira antissepsia de escara, na primeira cirurgia assistida, na primeira morte testemunhada. Apesar de sofrer com a dor alheia, a essa altura eu já era capaz de suportá-la para fazer o que deveria ser feito: cuidar. 

Entretanto o que eu vira ali não eram apenas doenças, problemas de saúde, mas sim um depósito onde idosas repletas de experiência e sabedoria eram abandonadas como se fossem o lixo da sociedade. Ah, aqueles olhinhos que insistentemente pediam socorro ou que revelavam resignação para com o seu destino. Olhares perdidos, solitários e muitas vezes entorpecidos por remédios, olhares que eram como facadas atravessando meu peito. O toque e a textura das mãos que seguravam meus pulsos com força para que eu não fosse embora estavam vivos em minha mente, era como se eu tivesse levado essas mãos comigo para o meu lar. Eu sempre fui louca por idosos e ver tudo aquilo me machucou muito.

Não, eu não poderia voltar lá! Eu não conseguiria! Eu não queria! Não! Não! Não!
Preferia receber todas as faltas, perder a nota daquele estágio e depois me esforçar para recuperá-la no próximo. Queria me esconder, fugir, fingir que não conhecia aquela realidade, enfiar a cabeça debaixo do travesseiro e lá ficar até o término do estágio no asilo.

No dia seguinte acordei atrasada e me arrumei lentamente para ir ao estágio. Eu não queria ir, mas sabia que não podia faltar, seria uma pessoa a menos para ajudar nos cuidados das mais de 50 idosas e isso faria muita diferença.  Respirei fundo, rezei e fui. Havia muito o que fazer: banhos de leito, troca de fraldas, troca de curativos, ministrar medicamentos, cuidados gerais e oficinas para tentar alegrar as doces velhinhas. Fizemos o dia da música, o dia de fazer as unhas (elas são vaidosas!), dentre outras atividades. 

Enquanto os cuidados eram feitos, aproveitávamos para conversar e descobrir um pouco sobre a vida de cada uma. Muitas histórias diferentes, cada uma com a sua parcela de dor. A grande maioria teve filhos que raramente aparecem nos dias de visitas. Outras têm família, mas nenhum dos parentes pôde ou quis assumir a responsabilidade por seus cuidados. Diante da nossa revolta (não só eu, mas também meus colegas de estágio estavam indignados com algumas histórias), nossa professora nos deu uma lição que jamais vou esquecer: queridos, sabemos apenas o que elas nos contam, mas não sabemos quais motivos levaram essas pessoas a deixá-las aqui. Concordo que nada justifica tal atitude, mas muitas vezes explica. Soubemos que diversas idosas não foram as pessoas mais fáceis de se conviver e por isso foram largadas a própria sorte. Portanto, tentem não julgar nem a abandonada e nem quem a abandonou, apenas trabalhem para oferecer conforto e dignidade para todas elas.

Decidi seguir os conselhos da minha mestra e trabalhei com afinco, mesmo sabendo que ficaria por lá apenas duas semanas (a PUC faz rodízio nos locais de estágio). Aprendi muito com todas elas, não só sobre cuidado, mas sobre a vida. Algumas já não conversam, não andam, são totalmente dependentes. Com essas eu tinha carinho redobrado pois muitas vezes elas passavam os dias esquecidas em suas camas e cadeiras, só recebendo atenção na hora dos cuidados e das refeições. Outras eram vivas e conversadas, contavam inúmeras histórias; meus colegas e eu ficávamos sem saber quais eram verdadeiras ou não. Havia aquelas que sempre diziam que estavam indo embora daquele lugar (e dizem isso até hoje, é de cortar o coração!) e as que nos abençoavam e agradeciam a todo momento.  

O tempo passou, eu me formei. me casei e acabei me afastando da área da enfermagem. No fim de 2010 fui acometida por noites de insônia, repletas de pesadelos dos quais eu acordava chorando desesperadamente. Essa angústia me dominou, parecia que eu precisava fazer alguma coisa, mas eu não fazia a menor idéia do que era. Rezei, rezei, rezei muito. 

A angústia aumentou. 

Sempre me vinha a mente o mesmo pensamento: sou tão abençoada, tenho um marido que me ama incondicionalmente, uma casinha aconchegante, comida na mesa, saúde, família, amor, segurança, paz... o que fiz para merecer tudo isso enquanto há tantas pessoas necessitando de auxílio? Elas precisando dos ítens mais básicos e eu aqui, isolada no conforto de uma vida tranquila? 

Esses pensamentos tiravam meu sonho e inundavam meu travesseiro de lágrimas. Eu PRECISAVA fazer alguma coisa por alguém, mas o que e para quem? Vi uma propaganda na TV convidando a todos a adotarem provisóriamente crianças que foram retiradas dos pais devido a abusos. Elas ficam com as chamadas mães sociais até que a justiça decida seu destino. Meu coração disparou, eu queria fazer aquilo! Conversei com meu marido, pensamos no assunto por alguns dias, mas infelizmente percebemos que nossas condições financeiras ainda não nos permitiam fazer isso. Quem sabe no futuro, não é? Chorei muito, mas entendi que aquele não era o plano de Deus para mim.

Foi aí que a lembrança do asilo veio nítida em minha mente... O Thiago e eu decidimos passar a véspera de Natal com as vovós! No dia 24/12/2010 chegamos ao Lar Dona Paula às 18 horas. A irmã Florani nos recebeu e nos contou que elas não faziam ceia de Natal pois dormiam cedo e que no dia 25 haveria um almoço especial. Levamos produtos de limpeza (liguei antes e perguntei para a irmã do que elas estavam precisando) e ficamos aproximadamente 2 horas conversando com as idosas. Que delícia! Era até difícil interromper o papo, elas ficam muito sozinhas então quando aparece alguém disposto a ouví-las, a conversar, a dar atenção, elas aproveitam mesmo! Ouvimos histórias, piadas, tristezas, agradecimentos, bençãos e pedidos para retornar sempre que possível. Thiago e eu saímos de lá renovados. Percebemos que os mais beneficiados naquela visita éramos nós. E fizemos o voto de sempre voltar ao lar.

Perguntei à irmã Florani o que as idosas estavam mais precisando e ela disse que precisavam de roupas íntimas e sapatilhas tipo Moleca. Decidi me empenhar para conseguir o que foi pedido! Entretanto, ao fazer os orçamentos percebi que eu não teria condições para arcar sozinha com os ítens e eu não achava justo ir ao asilo para presentear apenas algumas vovós. Aí surgiu a idéia de criar e divulgar uma campanha para arrecadação de doações para as nossas queridas velhinhas.

Divulguei no meu site e em redes sociais e tive a grata surpresa de receber muito apoio, carinho, orações e doações para o Lar! Conseguimos a quantia necessária para a compra das 47 sapatilhas! O Thiago foi à Sapataria do Amigão da Av. Amazonas buscar todas elas, pois o Márcio, gerente da loja, conseguiu um preço super bacana e ainda doou três pares!



Fiquei extremamente tocada e agradecida pela repercussão que teve a campanha. Muitos dos meus amigos se dispuseram imediatamente a ajudar. Isso me fez refletir sobre o quão fácil é ajudar o outro e sobre como nós encontramos desculpas esfarrapadas para não fazê-lo. O que foi necessário aqui? Um telefone, um computador com acesso a internet e muita boa vontade, só! Nessa mesma semana estava passando na TV fechada o filme A Corrente do Bem. Thiago sempre me falou sobre esse filme mas eu nunca havia visto. Aproveitamos e assistimos juntos. Chorei muito e mais uma vez confirmei que para mudar a vida de alguém não são necessárias grandes atitudes ou somas de dinheiro, é preciso apenas amor, caridade.


Organizando os pares por numeração

No último sábado, dia 22/01/2011, fizemos a entrega das sapatilhas. Pudemos contar com a presença de algumas pessoas que colaboraram para as doações, são elas: Kiki, Ramiro, Elaine, Jivago Sales (que inclusive fotografou o momento), Elisa, Thiago e eu. Foi uma tarde maravilhosa, alegre, divertida e muito animada. Para os que foram a um asilo pela primeira vez, a emoção veio forte e foi impossível conter o choro. 

 Clique nas fotos para ampliar.

Precisaremos trocar 9 sapatilhas, porque apesar de a irmã Florani nos ter passado a lista com a numeração de todas as vovós, algumas já têm os pés inchadinhos e merecem o conforto de um sapatinho com o número maior. Trocarei as sapatilhas, comprarei mais 5 pares que faltaram e marcarei nova data para a entrega. Quem quiser acompanhar já está convidado!

Príncipes, princesas e as cinderelas!

Deixo aqui meus sinceros agradecimentos a TODOS que colaboraram de qualquer maneira para que as idosas recebessem os calçados. A mobilização desse grande número de pessoas mostra que isso era realmente plano de Deus e que Ele garantiu que tudo saísse perfeito. Deixo aqui algumas fotos da visita e convido a todos para ajudarem. Elas continuam precisando de roupas íntimas, produtos de higiene e limpeza, dentre outras coisas, mas principalmente de atenção e carinho. Vale a pena dedicar uma horinha da suam semana para fazer uma visita ao Lar.

O próximo passo? Rezar, rezar, rezar para novamente ouvir o propósito de Deus para a minha vida.

Que Deus nos abençoe hoje e sempre,
AMÉM!


Eram várias Cinderelas!

Um dos príncipes encantados...






quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Conseguimos as 47 sapatilhas!



Bom dia a todos!

É com imensa alegria que venho compartilhar a vitória alcançada na campanha para o Lar Dona Paula. Precisávamos e 47 pares de sapatilhas e com a caridade de várias pessoas conseguimos recursos para comprar todos eles.

Agradeço também a colaboração e o empenho do Márcio, gerente da Sapataria do Amigão localizada na Av. Amazonas, 856 - Centro - Belo Horizonte. Ele se empenhou em conseguir todas as sapatilhas, doou 3 pares e ainda conseguiu um desconto significativo para que nossos recursos fossem suficientes para presentear todas as idosas. A você Márcio, nossa gratidão!

Na próxima postagem (semana que vem) deixarei aqui o nome de todos os queridos colaboradores nessa campanha, como também as fotos da entrega, que serão feitas pelo fotógrafo Jivago Sales, meu querido amigo. ele também colaborou doando recursos!

A entrega será feita dia 22/01, sábado, às 13 horas,  e o endereço é: Rua Henrique Gorceix, 315 Padre Eustáquio.

Para finalizar, deixo hoje um salmo de agradecimento, pois só conseguimos alcançar a vitória graças a bondade de todos que ajudaram e a ajuda do nosso Senhor, só deu certo porque era plano Dele e assim Ele providenciou para que houvesse um final feliz!

Gratidão a todos! Boa Semana!


Salmo 18


Eu te amo, ó Senhor, força minha.
O Senhor é a minha rocha, a minha fortaleza e o meu libertador; o meu Deus, o meu rochedo, em quem me refúgio; o meu escudo, a força da minha salvação, e o meu alto refúgio.
Invoco o Senhor, que é digno de louvor, e sou salvo dos meus inimigos.
Cordas de morte me cercaram, e torrentes de perdição me amedrontaram.
Cordas de Seol me cingiram, laços de morte me surpreenderam.
Na minha angústia invoquei o Senhor, sim, clamei ao meu Deus; do seu templo ouviu ele a minha voz; o clamor que eu lhe fiz chegou aos seus ouvidos.
Então a terra se abalou e tremeu, e os fundamentos dos montes também se moveram e se abalaram, porquanto ele se indignou.
Das suas narinas subiu fumaça, e da sua boca saiu fogo devorador; dele saíram brasas ardentes.
Ele abaixou os céus e desceu; trevas espessas havia debaixo de seus pés.
Montou num querubim, e voou; sim, voou sobre as asas do vento.
Fez das trevas o seu retiro secreto; o pavilhão que o cercava era a escuridão das águas e as espessas nuvens do céu.
Do resplendor da sua presença saíram, pelas suas espessas nuvens, saraiva e brasas de fogo.
O Senhor trovejou a sua voz; e havia saraiva e brasas de fogo.
Despediu as suas setas, e os espalhou; multiplicou raios, e os perturbou.
Então foram vistos os leitos das águas, e foram descobertos os fundamentos do mundo, à tua repreensão, Senhor, ao sopro do vento das tuas narinas.
Do alto estendeu o braço e me tomou; tirou-me das muitas águas.
Livrou-me do meu inimigo forte e daqueles que me odiavam; pois eram mais poderosos do que eu.
Surpreenderam-me eles no dia da minha calamidade, mas o Senhor foi o meu amparo.
Trouxe-me para um lugar espaçoso; livrou-me, porque tinha prazer em mim.
Recompensou-me o Senhor conforme a minha justiça, retribuiu-me conforme a pureza das minhas mãos.
Pois tenho guardado os caminhos do Senhor, e não me apartei impiamente do meu Deus.
Porque todas as suas ordenanças estão diante de mim, e nunca afastei de mim os seus estatutos.
Também fui irrepreensível diante dele, e me guardei da iniqüidade.
Pelo que o Senhor me recompensou conforme a minha justiça, conforme a pureza de minhas mãos perante os seus olhos.
Para com o benigno te mostras benigno, e para com o homem perfeito te mostras perfeito.
Para com o puro te mostras puro, e para com o perverso te mostras contrário.
Porque tu livras o povo aflito, mas os olhos altivos tu os abates.
Sim, tu acendes a minha candeia; o Senhor meu Deus alumia as minhas trevas.
Com o teu auxílio dou numa tropa; com o meu Deus salto uma muralha.
Quanto a Deus, o seu caminho é perfeito; a promessa do Senhor é provada; ele é um escudo para todos os que nele confiam.
Pois, quem é Deus senão o Senhor? e quem é rochedo senão o nosso Deus?
Ele é o Deus que me cinge de força e torna perfeito o meu caminho;
faz os meus pés como os das corças, e me coloca em segurança nos meus lugares altos.
Adestra as minhas mãos para a peleja, de sorte que os meus braços vergam um arco de bronze.
Também me deste o escudo da tua salvação; a tua mão direita me sustém, e a tua clemência me engrandece.
Alargas o caminho diante de mim, e os meus pés não resvalam.
Persigo os meus inimigos, e os alcanço; não volto senão depois de os ter consumido.
Atravesso-os, de modo que nunca mais se podem levantar; caem debaixo dos meus pés.
Pois me cinges de força para a peleja; prostras debaixo de mim aqueles que contra mim se levantam.
Fazes também que os meus inimigos me dêem as costas; aos que me odeiam eu os destruo.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Pessoas não são descartáveis!


Olá pessoal, tudo bem?

Essa semana devo finalizar a campanha para o Lar Dona Paula, aquela que eu publiquei AQUI.
Até agora conseguimos recursos para 20 sapatilhas, são 45 no total. Decidi por entregar as 20 e depois continuar captando recursos para as outras 25.

Essa semana vou falar sobre um assunto que já abordei no meu outro blog, o Noiva BH, a superficialidade das relações humanas atuais e a facilidade em descartar pessoas. Hoje quero compartilhar com vocês uma reflexão feita por um pastor, falando sobre volatilidade dos relacionamentos sob o prisma religioso.

Sei que muitas pessoas são totalmente contra blogs que "copiam" textos, entretanto coloco aqui a fonte original, deixo todos os créditos e se copiei foi porque creio que há pessoas mais capacitadas para abordar tais assuntos com a profundidade que eles merecem do que eu.


Leiam, releiam, reflitam, modifiquem a si mesmos e compartilhem o que aprenderam. É o que eu venho tentando fazer.

Esse estudo foi baseado no Salmo 139, que compartilho com vocês a seguir:

Senhor, tu me sondaste, e me conheces.
Tu sabes o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento.
Cercas o meu andar, e o meu deitar; e conheces todos os meus caminhos.
Não havendo ainda palavra alguma na minha língua, eis que logo, ó SENHOR, tudo conheces.
Tu me cercaste por detrás e por diante, e puseste sobre mim a tua mão.
Tal ciência é para mim maravilhosíssima; tão alta que não a posso atingir.
Para onde me irei do teu espírito, ou para onde fugirei da tua face?
Se subir ao céu, lá tu estás; se fizer no inferno a minha cama, eis que tu ali estás também.
Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar,
Até ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá.
Se disser: Decerto que as trevas me encobrirão; então a noite será luz à roda de mim.
Nem ainda as trevas me encobrem de ti; mas a noite resplandece como o dia; as trevas e a luz são para ti a mesma coisa;
Pois possuíste os meus rins; cobriste-me no ventre de minha mãe.
Eu te louvarei, porque de um modo assombroso, e tão maravilhoso fui feito; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem.
Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui feito, e entretecido nas profundezas da terra.
Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe; e no teu livro todas estas coisas foram escritas; as quais em continuação foram formadas, quando nem ainda uma delas havia.
E quão preciosos me são, ó Deus, os teus pensamentos! Quão grandes são as somas deles!
Se as contasse, seriam em maior número do que a areia; quando acordo ainda estou contigo.
O Deus, tu matarás decerto o ímpio; apartai-vos portanto de mim, homens de sangue.
Pois falam malvadamente contra ti; e os teus inimigos tomam o teu nome em vão.
Não odeio eu, ó SENHOR, aqueles que te odeiam, e não me aflijo por causa dos que se levantam contra ti?
Odeio-os com ódio perfeito; tenho-os por inimigos.
Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos.
E vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno.



Pessoas não são descartáveis (clique no título para ler a publicação original)
Salmo 139

Com propriedade muitos estudiosos do comportamento humanos , têm colocado que temos vivido uma geração de coisas descartáveis ; a velocidade da vida tem nos levado a agir assim . É uma mudança de conceitos; eletrodomésticos como ferro elétrico , liquidificador, ventilador e outros já não se consertam mais, quebrou é descartável. Microcomputadores depois de alguns anos de uso, tornam-se obsoletos e então descartáveis . Com o  lixo domestico do primeiro mundo, muita gente no terceiro mundo monta uma casa. Os jovens vivem um momento em que tornam seus relacionamentos descartáveis , “è o ficar”, você está com uma pessoa por um tempo e depois sem qualquer motivo, a despreza, tornando-a algo descartável. As amizades são desenvolvidas em função do interesse de cada um,  aproximações por interesses tornam os relacionamentos descartáveis.

O ser humano tem tornado-se exclusivista, sua preocupação é única , com ele, os outros não interessam, o que o outro sente não é problema meu. Na relação de trabalho não é diferente, alguém dedica toda a vida uma empresa, e depois o que acontece, é descartada e esquecida.

Com os objetos a pratica do descartável talvez seja interessante e econômica, mas com pessoas isso é bem diferente, “pessoas não são descartáveis”, A nossa máquina funciona diferente, ela é estimulada pelo reconhecimento, pelo  amor, carinho e cuidado que recebemos. O ser humano tem valor intrínseco, e esse valor vem de Deus. Existem na pessoa humana sentimentos, e sentimento desculpe,  não descartáveis.
Como é difícil para uma pessoa ser tratada como um descartável, mas o incrível é que cresce cada vez mais esse tipo de pratica, o relacionamento humano fica cada vez mais vazio.

Os mais velhos sentem de perto isso, às vezes dedicou-se a vida inteira na construção de uma família, e quando já as forças se estão indo, a família os trata como descartáveis, colocam-no em uma casa geriátrica e sequer  vão visitá-los ; ou, os mantém em casa , sem trata-los com o devido respeito. “Pessoas não são descartáveis”.
Se você já  foi tratado como descartável, sabe bem o que estou falando, quando acaba o uso não há mais interesse, joga-se fora.

Quantas  vivem amargurados, pois se sentiram  usados e jogados fora. Quantas feridas estão abertas, quantos deixaram de sorrir ! Essa mensagem tem por finalidade alertar você: cuidado no trato com as pessoas ! pois toda pessoa é relevante e tem importância para Deus. Conta-se na revista ‘Church Herald’. Que "Muretus, um cristão erudito do século 16, ficou doente durante uma viagem. Os médicos que foram chamados para o tratar não o conheciam. Ele parecia um indivíduo tão normal que eles disseram” Façamos uma experiência com ele, pois parece um indivíduo sem importância.” "Moretus ouviu por acaso este comentário, e logo fez ver aos médicos: "Não desvalorizem o valor de um homem por quem Cristo morreu."      

 Para que você não cometa erros de pensar que os outros são descartáveis, lembre-se, que cada pessoa que cruza seu caminho tem importância para Deus. Você conhece a história do cego de jerico, quando ninguém lhe dava importância, Jesus parou para atende-lo. Como precisamos estar atento para o nosso semelhante, quanto precisamos estar sensível as suas necessidades.

Lembre-se  toda pessoa é importante para Deus, e se Cristo morreu por todos, logo, “Pessoas Não são descartáveis”

Pastor Jorge Luiz César Figueiredo

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

"Pedí, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis"

"Pedí, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei e abrir-se-vos-á.
Pois todo o que pede, recebe; e quem busca, acha; e ao que bate, abrir-se-lhe-á.
Ou qual dentre vós é o homem que, se seu filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra?
Ou, se lhe pedir peixe, lhe dará uma serpente?
Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhas pedirem?
Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós a eles; porque esta é a lei e os profetas."

Mateus, Capítulo 7, versículos 7-12

Olá pessoal, feliz 2011!

2011 se inicia e com ele uma nova oportunidade para recomeçar.
A esperança renova o espírito e nos ajuda a continuar a trabalhando para crescermos tanto no aspecto material quanto, e principalmente, no espiritual. E essa passagem do evangelho de Matheus nos dá um raro testemunho de fé e nos indica o caminho para conseguir o que busca o nosso coração.
Entretanto é preciso lembrar de duas coisas:
1) Não basta apenas pedir, ha´que se trabalhar para conquistar. "(...)quem busca, acha;"
2) Há que se excercitar a paciência e esperar o tempo de Deus, o tempo certo para que o pedido se realize.

Encontrei aqui um texto que ilustra bem essa segunda colocação. Confiram:

Conta  um estudante que perguntou ao seu professor:

- "Por que tantas orações ficam sem resposta? Não entendo. A Bíblia diz: 'Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á'. Mas me parece que muitos batem e não são recebidos".

- "Você alguma vez já não esteve sentado junto à lareira", respondeu o professor, "numa noite escura, e ouviu uma batida à porta? Ao abri-la, e olhar para as trevas lá fora, já não aconteceu de não haver ninguém, e de ter ouvido só os passos apressados de algum garoto travesso que bateu, mas não tinha intenção de entrar e por isso saiu correndo? Assim acontece frequentemente conosco. Pedimos bênçãos, mas não às esperamos realmente; batemos, porém não pretendemos entrar; tememos que Jesus não nos ouça, não cumpra Suas promessas, não nos receba; e assim vamos embora".

- "Ah, entendi!", exclamou o jovem, com olhos brilhantes diante da nova compreensão. "Não se pode esperar que Jesus atenda batidas de alguém que sai correndo. Ele nunca prometeu isso. Devo continuar batendo, batendo, até que não Lhe reste alternativa senão abrir a porta!"

Se a resposta a alguma oração não chega, procure descobrir a razão.

Pergunte a si mesmo:

Há algo na minha vida que não deveria existir?

Muitos anos atrás, li este conselho dado por Neil Wyrick, na revista These Times:
"Quando a oração é o que deve ser, será uma ocasião de auto-exame, bem como de um exame por parte de Deus. Não temos tempo de ser vagos em nossas orações particulares... Não faça vagos pronunciamentos acerca do amor, enquanto não tiver orado especificamente para que Ele corrija seu falso orgulho e preconceito".

Mencione as pessoas por nome.
Mencione o nome dos lugares.
Dê nome aos eventos.
Escave o dia de ontem, se você ainda não se arrependeu.
Limpe a lousa, mas coloque tudo na lousa. Se o que você sente é gratidão, soletre-a.
Jesus Se importa com você.
Lembre-se que Deus sabe o que é melhor, mesmo que não entendamos sua resposta agora. 
Então, continue batendo.

Queridos,
não há pedido ou oração sincera que Deus não ouça. Ele é o nosso Pai de amor e misericórdia, criador de tudo que existe e só Ele tem o poder de nos conceder graças e glórias.
Se seu espírito está atribulado, volte seus pensamentos para Deus.
Se te parece difícil Nele fixar suas preces, apenas rogue a Deus e ao Divino Espírito Santo que o acompanhe. Peça incessantemente: Deus de misericórdia e amor, tende piedade de mim! 
Aos poucos sua alma se abrandará e enfim você conseguirá orar e pedir ao Criador tudo aquilo que desejas, e se for para o bem, Ele vos concederá!

Grande beijo e uma ótima semana a todos!