quinta-feira, 8 de setembro de 2011

O dom supremo - Parte I

Olá pessoal, tudo bem?


Após longa ausência retorno iniciando uma série de postagens do texto cujo autor é Henry Drummond. O texto foi traduzido e adaptado livremente do sermão “The Greatest Thing in the World” por Paulo Coelho.


Esses escritos mexeram tanto comigo, com a minha alma e espírito, que decidi compartilhar aqui com vocês. Vamos para a primeira parte!


" No final do século passado, numa tarde fria de primavera, um grupo de homens e mulheres se reuniu para escutar o mais famoso pregador daquela época.  Eram pessoas vindas de diversos lugares da Inglaterra, ansiosas para ouvir o que o homem tinha a dizer.
Mas o pregador, depois de oito meses percorrendo diversos países do mundo num cansativo  trabalho de evangelização, sentia-se vazio. Olhou a pequena platéia, ensaiou algumas frases, e terminou por desistir.  O Espírito de Deus não o havia
tocado naquela tarde.


Triste, sem saber o que fazer, virou-se para um jovem missionário
que estava entre os presentes. O rapaz havia regressado da
África há pouco tempo, e talvez tivesse alguma coisa
interessante para dizer.


Pediu, então, que o rapaz o substituísse.
As pessoas reunidas naquele jardim em Kent ficaram um pouco desapontadas. 
Ninguém sabia quem era o jovem missionário. Na verdade, ele nem era um missionário; havia recusado sua ordenação como ministro, porque  não estava seguro de que aquela fosse sua verdadeira vocação.
Procurando uma razão para viver, procurando a si mesmo, o rapaz havia passado dois anos no interior da África  - entusiasmado com o exemplo de pessoas que iam atrás de um ideal.


 As pessoas no jardim em Kent não gostaram da troca.
Tinham vindo por causa de um pregador experiente, sábio,
famoso. E agora eram obrigadas a ouvir uma pessoa que  -
assim como elas  - ainda lutava para encontrar a si mesma. 



Mas Henry Drummond  -  este era o nome do rapaz  -  havia 
aprendido algo. 
Henry pediu emprestada uma Bíblia de um dos presentes e leu 
um trecho da carta que Paulo escreveu aos  
coríntios:      
“Ainda que eu fale as línguas dos homens  
      e dos anjos, se não tiver amor,  
serei como o bronze que soa, ou como 
      o címbalo que retine.
Ainda que eu tenha o dom de profetizar 
       e conheça todos os mistérios e toda a ciência;  
  ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto  
      de transportar montanhas, 
  se não tive amor, nada serei. 
E ainda que eu distribua todos os 
      meus bens entre os pobres 
            e ainda que entregue meu próprio 
                 corpo para ser queimado,  
                    se não tiver amor, 
nada disso me aproveitará. 
O amor é paciente, é benigno, 
  o amor não arde em ciúmes, 
           não se ufana, não se ensoberbece, 
          não se conduz inconvenientemente, 
            não procura seus interesses, 
                   não se exaspera, 
            não se ressente do mal; 
          não se alegra com a injustiça, 
          mas regozija-se com a verdade.  
     Tudo sobre, tudo crê, tudo espera, 
                  tudo suporta. 
  O amor jamais acaba.  
                 Mas, havendo profecias, desaparecerão;  
                          havendo línguas, cessarão; 
                          havendo ciência, passará.  
                    Porque em parte conhecemos, 
                         e em parte profetizamos.       
              Quando, porém, vier o que é perfeito, 
            o que então é em parte será aniquilado. 
Quando eu era menino, falava como um  
   menino, sentia como um menino.  
    Quando cheguei a ser homem,  
  desisti das coisas próprias de menino. 
 Porque agora vemos como em espelho, 
           obscuramente, e então veremos face a face;  
               agora conheço em parte, e então 
                conhecerei como sou conhecido. 
    Agora, pois, permanecem a Fé,  
       a Esperança, e o Amor.  
                 Estes três.  
  Porém, o maior deles é o Amor.”     

Todos escutaram em silêncio respeitoso.  
Mas estavam decepcionados.  
A maior parte já conhecia o trecho,  
e já havia meditado longamente sobre ele. 
O rapaz podia ter escolhido algo mais original, mais palpitante. 


Quando acabou de ler, Henry fechou a Bíblia, olhou para o céu,  e começou a falar: "


Até o próximo post, meus queridos amigos!


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