segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Visita ao Lar Dona Paula 22/01/2011

Fotos dessa postagem: Jivago Sales


Quando fiz estágio no Lar Dona Paula, no segundo semestre de 2008, sabia que aquele lugar jamais sairia das minhas recordações. O primeiro contato foi difícil e muito sofrido.

Sofrimento e dor já não eram novidades para mim, afinal eu estava no sétimo período da faculdade de enfermagem. O soco no estômago já havia sido dado na primeira antissepsia de escara, na primeira cirurgia assistida, na primeira morte testemunhada. Apesar de sofrer com a dor alheia, a essa altura eu já era capaz de suportá-la para fazer o que deveria ser feito: cuidar. 

Entretanto o que eu vira ali não eram apenas doenças, problemas de saúde, mas sim um depósito onde idosas repletas de experiência e sabedoria eram abandonadas como se fossem o lixo da sociedade. Ah, aqueles olhinhos que insistentemente pediam socorro ou que revelavam resignação para com o seu destino. Olhares perdidos, solitários e muitas vezes entorpecidos por remédios, olhares que eram como facadas atravessando meu peito. O toque e a textura das mãos que seguravam meus pulsos com força para que eu não fosse embora estavam vivos em minha mente, era como se eu tivesse levado essas mãos comigo para o meu lar. Eu sempre fui louca por idosos e ver tudo aquilo me machucou muito.

Não, eu não poderia voltar lá! Eu não conseguiria! Eu não queria! Não! Não! Não!
Preferia receber todas as faltas, perder a nota daquele estágio e depois me esforçar para recuperá-la no próximo. Queria me esconder, fugir, fingir que não conhecia aquela realidade, enfiar a cabeça debaixo do travesseiro e lá ficar até o término do estágio no asilo.

No dia seguinte acordei atrasada e me arrumei lentamente para ir ao estágio. Eu não queria ir, mas sabia que não podia faltar, seria uma pessoa a menos para ajudar nos cuidados das mais de 50 idosas e isso faria muita diferença.  Respirei fundo, rezei e fui. Havia muito o que fazer: banhos de leito, troca de fraldas, troca de curativos, ministrar medicamentos, cuidados gerais e oficinas para tentar alegrar as doces velhinhas. Fizemos o dia da música, o dia de fazer as unhas (elas são vaidosas!), dentre outras atividades. 

Enquanto os cuidados eram feitos, aproveitávamos para conversar e descobrir um pouco sobre a vida de cada uma. Muitas histórias diferentes, cada uma com a sua parcela de dor. A grande maioria teve filhos que raramente aparecem nos dias de visitas. Outras têm família, mas nenhum dos parentes pôde ou quis assumir a responsabilidade por seus cuidados. Diante da nossa revolta (não só eu, mas também meus colegas de estágio estavam indignados com algumas histórias), nossa professora nos deu uma lição que jamais vou esquecer: queridos, sabemos apenas o que elas nos contam, mas não sabemos quais motivos levaram essas pessoas a deixá-las aqui. Concordo que nada justifica tal atitude, mas muitas vezes explica. Soubemos que diversas idosas não foram as pessoas mais fáceis de se conviver e por isso foram largadas a própria sorte. Portanto, tentem não julgar nem a abandonada e nem quem a abandonou, apenas trabalhem para oferecer conforto e dignidade para todas elas.

Decidi seguir os conselhos da minha mestra e trabalhei com afinco, mesmo sabendo que ficaria por lá apenas duas semanas (a PUC faz rodízio nos locais de estágio). Aprendi muito com todas elas, não só sobre cuidado, mas sobre a vida. Algumas já não conversam, não andam, são totalmente dependentes. Com essas eu tinha carinho redobrado pois muitas vezes elas passavam os dias esquecidas em suas camas e cadeiras, só recebendo atenção na hora dos cuidados e das refeições. Outras eram vivas e conversadas, contavam inúmeras histórias; meus colegas e eu ficávamos sem saber quais eram verdadeiras ou não. Havia aquelas que sempre diziam que estavam indo embora daquele lugar (e dizem isso até hoje, é de cortar o coração!) e as que nos abençoavam e agradeciam a todo momento.  

O tempo passou, eu me formei. me casei e acabei me afastando da área da enfermagem. No fim de 2010 fui acometida por noites de insônia, repletas de pesadelos dos quais eu acordava chorando desesperadamente. Essa angústia me dominou, parecia que eu precisava fazer alguma coisa, mas eu não fazia a menor idéia do que era. Rezei, rezei, rezei muito. 

A angústia aumentou. 

Sempre me vinha a mente o mesmo pensamento: sou tão abençoada, tenho um marido que me ama incondicionalmente, uma casinha aconchegante, comida na mesa, saúde, família, amor, segurança, paz... o que fiz para merecer tudo isso enquanto há tantas pessoas necessitando de auxílio? Elas precisando dos ítens mais básicos e eu aqui, isolada no conforto de uma vida tranquila? 

Esses pensamentos tiravam meu sonho e inundavam meu travesseiro de lágrimas. Eu PRECISAVA fazer alguma coisa por alguém, mas o que e para quem? Vi uma propaganda na TV convidando a todos a adotarem provisóriamente crianças que foram retiradas dos pais devido a abusos. Elas ficam com as chamadas mães sociais até que a justiça decida seu destino. Meu coração disparou, eu queria fazer aquilo! Conversei com meu marido, pensamos no assunto por alguns dias, mas infelizmente percebemos que nossas condições financeiras ainda não nos permitiam fazer isso. Quem sabe no futuro, não é? Chorei muito, mas entendi que aquele não era o plano de Deus para mim.

Foi aí que a lembrança do asilo veio nítida em minha mente... O Thiago e eu decidimos passar a véspera de Natal com as vovós! No dia 24/12/2010 chegamos ao Lar Dona Paula às 18 horas. A irmã Florani nos recebeu e nos contou que elas não faziam ceia de Natal pois dormiam cedo e que no dia 25 haveria um almoço especial. Levamos produtos de limpeza (liguei antes e perguntei para a irmã do que elas estavam precisando) e ficamos aproximadamente 2 horas conversando com as idosas. Que delícia! Era até difícil interromper o papo, elas ficam muito sozinhas então quando aparece alguém disposto a ouví-las, a conversar, a dar atenção, elas aproveitam mesmo! Ouvimos histórias, piadas, tristezas, agradecimentos, bençãos e pedidos para retornar sempre que possível. Thiago e eu saímos de lá renovados. Percebemos que os mais beneficiados naquela visita éramos nós. E fizemos o voto de sempre voltar ao lar.

Perguntei à irmã Florani o que as idosas estavam mais precisando e ela disse que precisavam de roupas íntimas e sapatilhas tipo Moleca. Decidi me empenhar para conseguir o que foi pedido! Entretanto, ao fazer os orçamentos percebi que eu não teria condições para arcar sozinha com os ítens e eu não achava justo ir ao asilo para presentear apenas algumas vovós. Aí surgiu a idéia de criar e divulgar uma campanha para arrecadação de doações para as nossas queridas velhinhas.

Divulguei no meu site e em redes sociais e tive a grata surpresa de receber muito apoio, carinho, orações e doações para o Lar! Conseguimos a quantia necessária para a compra das 47 sapatilhas! O Thiago foi à Sapataria do Amigão da Av. Amazonas buscar todas elas, pois o Márcio, gerente da loja, conseguiu um preço super bacana e ainda doou três pares!



Fiquei extremamente tocada e agradecida pela repercussão que teve a campanha. Muitos dos meus amigos se dispuseram imediatamente a ajudar. Isso me fez refletir sobre o quão fácil é ajudar o outro e sobre como nós encontramos desculpas esfarrapadas para não fazê-lo. O que foi necessário aqui? Um telefone, um computador com acesso a internet e muita boa vontade, só! Nessa mesma semana estava passando na TV fechada o filme A Corrente do Bem. Thiago sempre me falou sobre esse filme mas eu nunca havia visto. Aproveitamos e assistimos juntos. Chorei muito e mais uma vez confirmei que para mudar a vida de alguém não são necessárias grandes atitudes ou somas de dinheiro, é preciso apenas amor, caridade.


Organizando os pares por numeração

No último sábado, dia 22/01/2011, fizemos a entrega das sapatilhas. Pudemos contar com a presença de algumas pessoas que colaboraram para as doações, são elas: Kiki, Ramiro, Elaine, Jivago Sales (que inclusive fotografou o momento), Elisa, Thiago e eu. Foi uma tarde maravilhosa, alegre, divertida e muito animada. Para os que foram a um asilo pela primeira vez, a emoção veio forte e foi impossível conter o choro. 

 Clique nas fotos para ampliar.

Precisaremos trocar 9 sapatilhas, porque apesar de a irmã Florani nos ter passado a lista com a numeração de todas as vovós, algumas já têm os pés inchadinhos e merecem o conforto de um sapatinho com o número maior. Trocarei as sapatilhas, comprarei mais 5 pares que faltaram e marcarei nova data para a entrega. Quem quiser acompanhar já está convidado!

Príncipes, princesas e as cinderelas!

Deixo aqui meus sinceros agradecimentos a TODOS que colaboraram de qualquer maneira para que as idosas recebessem os calçados. A mobilização desse grande número de pessoas mostra que isso era realmente plano de Deus e que Ele garantiu que tudo saísse perfeito. Deixo aqui algumas fotos da visita e convido a todos para ajudarem. Elas continuam precisando de roupas íntimas, produtos de higiene e limpeza, dentre outras coisas, mas principalmente de atenção e carinho. Vale a pena dedicar uma horinha da suam semana para fazer uma visita ao Lar.

O próximo passo? Rezar, rezar, rezar para novamente ouvir o propósito de Deus para a minha vida.

Que Deus nos abençoe hoje e sempre,
AMÉM!


Eram várias Cinderelas!

Um dos príncipes encantados...






quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Conseguimos as 47 sapatilhas!



Bom dia a todos!

É com imensa alegria que venho compartilhar a vitória alcançada na campanha para o Lar Dona Paula. Precisávamos e 47 pares de sapatilhas e com a caridade de várias pessoas conseguimos recursos para comprar todos eles.

Agradeço também a colaboração e o empenho do Márcio, gerente da Sapataria do Amigão localizada na Av. Amazonas, 856 - Centro - Belo Horizonte. Ele se empenhou em conseguir todas as sapatilhas, doou 3 pares e ainda conseguiu um desconto significativo para que nossos recursos fossem suficientes para presentear todas as idosas. A você Márcio, nossa gratidão!

Na próxima postagem (semana que vem) deixarei aqui o nome de todos os queridos colaboradores nessa campanha, como também as fotos da entrega, que serão feitas pelo fotógrafo Jivago Sales, meu querido amigo. ele também colaborou doando recursos!

A entrega será feita dia 22/01, sábado, às 13 horas,  e o endereço é: Rua Henrique Gorceix, 315 Padre Eustáquio.

Para finalizar, deixo hoje um salmo de agradecimento, pois só conseguimos alcançar a vitória graças a bondade de todos que ajudaram e a ajuda do nosso Senhor, só deu certo porque era plano Dele e assim Ele providenciou para que houvesse um final feliz!

Gratidão a todos! Boa Semana!


Salmo 18


Eu te amo, ó Senhor, força minha.
O Senhor é a minha rocha, a minha fortaleza e o meu libertador; o meu Deus, o meu rochedo, em quem me refúgio; o meu escudo, a força da minha salvação, e o meu alto refúgio.
Invoco o Senhor, que é digno de louvor, e sou salvo dos meus inimigos.
Cordas de morte me cercaram, e torrentes de perdição me amedrontaram.
Cordas de Seol me cingiram, laços de morte me surpreenderam.
Na minha angústia invoquei o Senhor, sim, clamei ao meu Deus; do seu templo ouviu ele a minha voz; o clamor que eu lhe fiz chegou aos seus ouvidos.
Então a terra se abalou e tremeu, e os fundamentos dos montes também se moveram e se abalaram, porquanto ele se indignou.
Das suas narinas subiu fumaça, e da sua boca saiu fogo devorador; dele saíram brasas ardentes.
Ele abaixou os céus e desceu; trevas espessas havia debaixo de seus pés.
Montou num querubim, e voou; sim, voou sobre as asas do vento.
Fez das trevas o seu retiro secreto; o pavilhão que o cercava era a escuridão das águas e as espessas nuvens do céu.
Do resplendor da sua presença saíram, pelas suas espessas nuvens, saraiva e brasas de fogo.
O Senhor trovejou a sua voz; e havia saraiva e brasas de fogo.
Despediu as suas setas, e os espalhou; multiplicou raios, e os perturbou.
Então foram vistos os leitos das águas, e foram descobertos os fundamentos do mundo, à tua repreensão, Senhor, ao sopro do vento das tuas narinas.
Do alto estendeu o braço e me tomou; tirou-me das muitas águas.
Livrou-me do meu inimigo forte e daqueles que me odiavam; pois eram mais poderosos do que eu.
Surpreenderam-me eles no dia da minha calamidade, mas o Senhor foi o meu amparo.
Trouxe-me para um lugar espaçoso; livrou-me, porque tinha prazer em mim.
Recompensou-me o Senhor conforme a minha justiça, retribuiu-me conforme a pureza das minhas mãos.
Pois tenho guardado os caminhos do Senhor, e não me apartei impiamente do meu Deus.
Porque todas as suas ordenanças estão diante de mim, e nunca afastei de mim os seus estatutos.
Também fui irrepreensível diante dele, e me guardei da iniqüidade.
Pelo que o Senhor me recompensou conforme a minha justiça, conforme a pureza de minhas mãos perante os seus olhos.
Para com o benigno te mostras benigno, e para com o homem perfeito te mostras perfeito.
Para com o puro te mostras puro, e para com o perverso te mostras contrário.
Porque tu livras o povo aflito, mas os olhos altivos tu os abates.
Sim, tu acendes a minha candeia; o Senhor meu Deus alumia as minhas trevas.
Com o teu auxílio dou numa tropa; com o meu Deus salto uma muralha.
Quanto a Deus, o seu caminho é perfeito; a promessa do Senhor é provada; ele é um escudo para todos os que nele confiam.
Pois, quem é Deus senão o Senhor? e quem é rochedo senão o nosso Deus?
Ele é o Deus que me cinge de força e torna perfeito o meu caminho;
faz os meus pés como os das corças, e me coloca em segurança nos meus lugares altos.
Adestra as minhas mãos para a peleja, de sorte que os meus braços vergam um arco de bronze.
Também me deste o escudo da tua salvação; a tua mão direita me sustém, e a tua clemência me engrandece.
Alargas o caminho diante de mim, e os meus pés não resvalam.
Persigo os meus inimigos, e os alcanço; não volto senão depois de os ter consumido.
Atravesso-os, de modo que nunca mais se podem levantar; caem debaixo dos meus pés.
Pois me cinges de força para a peleja; prostras debaixo de mim aqueles que contra mim se levantam.
Fazes também que os meus inimigos me dêem as costas; aos que me odeiam eu os destruo.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Pessoas não são descartáveis!


Olá pessoal, tudo bem?

Essa semana devo finalizar a campanha para o Lar Dona Paula, aquela que eu publiquei AQUI.
Até agora conseguimos recursos para 20 sapatilhas, são 45 no total. Decidi por entregar as 20 e depois continuar captando recursos para as outras 25.

Essa semana vou falar sobre um assunto que já abordei no meu outro blog, o Noiva BH, a superficialidade das relações humanas atuais e a facilidade em descartar pessoas. Hoje quero compartilhar com vocês uma reflexão feita por um pastor, falando sobre volatilidade dos relacionamentos sob o prisma religioso.

Sei que muitas pessoas são totalmente contra blogs que "copiam" textos, entretanto coloco aqui a fonte original, deixo todos os créditos e se copiei foi porque creio que há pessoas mais capacitadas para abordar tais assuntos com a profundidade que eles merecem do que eu.


Leiam, releiam, reflitam, modifiquem a si mesmos e compartilhem o que aprenderam. É o que eu venho tentando fazer.

Esse estudo foi baseado no Salmo 139, que compartilho com vocês a seguir:

Senhor, tu me sondaste, e me conheces.
Tu sabes o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento.
Cercas o meu andar, e o meu deitar; e conheces todos os meus caminhos.
Não havendo ainda palavra alguma na minha língua, eis que logo, ó SENHOR, tudo conheces.
Tu me cercaste por detrás e por diante, e puseste sobre mim a tua mão.
Tal ciência é para mim maravilhosíssima; tão alta que não a posso atingir.
Para onde me irei do teu espírito, ou para onde fugirei da tua face?
Se subir ao céu, lá tu estás; se fizer no inferno a minha cama, eis que tu ali estás também.
Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar,
Até ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá.
Se disser: Decerto que as trevas me encobrirão; então a noite será luz à roda de mim.
Nem ainda as trevas me encobrem de ti; mas a noite resplandece como o dia; as trevas e a luz são para ti a mesma coisa;
Pois possuíste os meus rins; cobriste-me no ventre de minha mãe.
Eu te louvarei, porque de um modo assombroso, e tão maravilhoso fui feito; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem.
Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui feito, e entretecido nas profundezas da terra.
Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe; e no teu livro todas estas coisas foram escritas; as quais em continuação foram formadas, quando nem ainda uma delas havia.
E quão preciosos me são, ó Deus, os teus pensamentos! Quão grandes são as somas deles!
Se as contasse, seriam em maior número do que a areia; quando acordo ainda estou contigo.
O Deus, tu matarás decerto o ímpio; apartai-vos portanto de mim, homens de sangue.
Pois falam malvadamente contra ti; e os teus inimigos tomam o teu nome em vão.
Não odeio eu, ó SENHOR, aqueles que te odeiam, e não me aflijo por causa dos que se levantam contra ti?
Odeio-os com ódio perfeito; tenho-os por inimigos.
Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos.
E vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno.



Pessoas não são descartáveis (clique no título para ler a publicação original)
Salmo 139

Com propriedade muitos estudiosos do comportamento humanos , têm colocado que temos vivido uma geração de coisas descartáveis ; a velocidade da vida tem nos levado a agir assim . É uma mudança de conceitos; eletrodomésticos como ferro elétrico , liquidificador, ventilador e outros já não se consertam mais, quebrou é descartável. Microcomputadores depois de alguns anos de uso, tornam-se obsoletos e então descartáveis . Com o  lixo domestico do primeiro mundo, muita gente no terceiro mundo monta uma casa. Os jovens vivem um momento em que tornam seus relacionamentos descartáveis , “è o ficar”, você está com uma pessoa por um tempo e depois sem qualquer motivo, a despreza, tornando-a algo descartável. As amizades são desenvolvidas em função do interesse de cada um,  aproximações por interesses tornam os relacionamentos descartáveis.

O ser humano tem tornado-se exclusivista, sua preocupação é única , com ele, os outros não interessam, o que o outro sente não é problema meu. Na relação de trabalho não é diferente, alguém dedica toda a vida uma empresa, e depois o que acontece, é descartada e esquecida.

Com os objetos a pratica do descartável talvez seja interessante e econômica, mas com pessoas isso é bem diferente, “pessoas não são descartáveis”, A nossa máquina funciona diferente, ela é estimulada pelo reconhecimento, pelo  amor, carinho e cuidado que recebemos. O ser humano tem valor intrínseco, e esse valor vem de Deus. Existem na pessoa humana sentimentos, e sentimento desculpe,  não descartáveis.
Como é difícil para uma pessoa ser tratada como um descartável, mas o incrível é que cresce cada vez mais esse tipo de pratica, o relacionamento humano fica cada vez mais vazio.

Os mais velhos sentem de perto isso, às vezes dedicou-se a vida inteira na construção de uma família, e quando já as forças se estão indo, a família os trata como descartáveis, colocam-no em uma casa geriátrica e sequer  vão visitá-los ; ou, os mantém em casa , sem trata-los com o devido respeito. “Pessoas não são descartáveis”.
Se você já  foi tratado como descartável, sabe bem o que estou falando, quando acaba o uso não há mais interesse, joga-se fora.

Quantas  vivem amargurados, pois se sentiram  usados e jogados fora. Quantas feridas estão abertas, quantos deixaram de sorrir ! Essa mensagem tem por finalidade alertar você: cuidado no trato com as pessoas ! pois toda pessoa é relevante e tem importância para Deus. Conta-se na revista ‘Church Herald’. Que "Muretus, um cristão erudito do século 16, ficou doente durante uma viagem. Os médicos que foram chamados para o tratar não o conheciam. Ele parecia um indivíduo tão normal que eles disseram” Façamos uma experiência com ele, pois parece um indivíduo sem importância.” "Moretus ouviu por acaso este comentário, e logo fez ver aos médicos: "Não desvalorizem o valor de um homem por quem Cristo morreu."      

 Para que você não cometa erros de pensar que os outros são descartáveis, lembre-se, que cada pessoa que cruza seu caminho tem importância para Deus. Você conhece a história do cego de jerico, quando ninguém lhe dava importância, Jesus parou para atende-lo. Como precisamos estar atento para o nosso semelhante, quanto precisamos estar sensível as suas necessidades.

Lembre-se  toda pessoa é importante para Deus, e se Cristo morreu por todos, logo, “Pessoas Não são descartáveis”

Pastor Jorge Luiz César Figueiredo

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

"Pedí, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis"

"Pedí, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei e abrir-se-vos-á.
Pois todo o que pede, recebe; e quem busca, acha; e ao que bate, abrir-se-lhe-á.
Ou qual dentre vós é o homem que, se seu filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra?
Ou, se lhe pedir peixe, lhe dará uma serpente?
Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhas pedirem?
Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós a eles; porque esta é a lei e os profetas."

Mateus, Capítulo 7, versículos 7-12

Olá pessoal, feliz 2011!

2011 se inicia e com ele uma nova oportunidade para recomeçar.
A esperança renova o espírito e nos ajuda a continuar a trabalhando para crescermos tanto no aspecto material quanto, e principalmente, no espiritual. E essa passagem do evangelho de Matheus nos dá um raro testemunho de fé e nos indica o caminho para conseguir o que busca o nosso coração.
Entretanto é preciso lembrar de duas coisas:
1) Não basta apenas pedir, ha´que se trabalhar para conquistar. "(...)quem busca, acha;"
2) Há que se excercitar a paciência e esperar o tempo de Deus, o tempo certo para que o pedido se realize.

Encontrei aqui um texto que ilustra bem essa segunda colocação. Confiram:

Conta  um estudante que perguntou ao seu professor:

- "Por que tantas orações ficam sem resposta? Não entendo. A Bíblia diz: 'Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á'. Mas me parece que muitos batem e não são recebidos".

- "Você alguma vez já não esteve sentado junto à lareira", respondeu o professor, "numa noite escura, e ouviu uma batida à porta? Ao abri-la, e olhar para as trevas lá fora, já não aconteceu de não haver ninguém, e de ter ouvido só os passos apressados de algum garoto travesso que bateu, mas não tinha intenção de entrar e por isso saiu correndo? Assim acontece frequentemente conosco. Pedimos bênçãos, mas não às esperamos realmente; batemos, porém não pretendemos entrar; tememos que Jesus não nos ouça, não cumpra Suas promessas, não nos receba; e assim vamos embora".

- "Ah, entendi!", exclamou o jovem, com olhos brilhantes diante da nova compreensão. "Não se pode esperar que Jesus atenda batidas de alguém que sai correndo. Ele nunca prometeu isso. Devo continuar batendo, batendo, até que não Lhe reste alternativa senão abrir a porta!"

Se a resposta a alguma oração não chega, procure descobrir a razão.

Pergunte a si mesmo:

Há algo na minha vida que não deveria existir?

Muitos anos atrás, li este conselho dado por Neil Wyrick, na revista These Times:
"Quando a oração é o que deve ser, será uma ocasião de auto-exame, bem como de um exame por parte de Deus. Não temos tempo de ser vagos em nossas orações particulares... Não faça vagos pronunciamentos acerca do amor, enquanto não tiver orado especificamente para que Ele corrija seu falso orgulho e preconceito".

Mencione as pessoas por nome.
Mencione o nome dos lugares.
Dê nome aos eventos.
Escave o dia de ontem, se você ainda não se arrependeu.
Limpe a lousa, mas coloque tudo na lousa. Se o que você sente é gratidão, soletre-a.
Jesus Se importa com você.
Lembre-se que Deus sabe o que é melhor, mesmo que não entendamos sua resposta agora. 
Então, continue batendo.

Queridos,
não há pedido ou oração sincera que Deus não ouça. Ele é o nosso Pai de amor e misericórdia, criador de tudo que existe e só Ele tem o poder de nos conceder graças e glórias.
Se seu espírito está atribulado, volte seus pensamentos para Deus.
Se te parece difícil Nele fixar suas preces, apenas rogue a Deus e ao Divino Espírito Santo que o acompanhe. Peça incessantemente: Deus de misericórdia e amor, tende piedade de mim! 
Aos poucos sua alma se abrandará e enfim você conseguirá orar e pedir ao Criador tudo aquilo que desejas, e se for para o bem, Ele vos concederá!

Grande beijo e uma ótima semana a todos!